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Aviões do futuro não terão janelas

Não haverá “assento da janela” nos aviões do futuro.

A empresa britânica CPI planeja fazer as paredes transparentes, eliminando completamente as janelas. As janelas serão substituídas pelas telas OLED, que cobrirão todas as paredes internas do avião e assegurarão que o céu seja visto.

Os pesquisadores acreditam que este será o próximo passo na modernização da aviação civil. Eles querem remover as janelas dos aviões e substituírem por telas OLED touch-screens que se estenderão ao longo de todo o comprimento do avião, mostrando uma visão de tirar o fôlego, através de câmeras que irão mostrar imagens em tempo real do exterior.

De acordo com as análises da empresa, as janelas são uma das maiores fontes de peso desnecessário em aviões de passageiros. Sabe-se também que as janelas são algumas das partes mais pesadas na fuselagem do avião, ou seja, não há motivos para não substituí-las por uma tela fina, flexível e de custo reduzido.

A contrapartida – sempre tem esse lado da moeda – é que durante as viagens muita luz entraria dentro da cabine. Dessa forma, voos noturnos poderiam não ser proveitosos. Ah, também existem as pessoas que têm medo de altura, né? Imagina essa turma com uma vista panorâmica do céu?

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De acordo com informações, o projeto será colocado em prática pela CPI junto a uma rede de parceiros e estima-se que os primeiros protótipos possam ser apresentados em até 5 anos.

Mas saiba que todos estes projetos são conceituais; nenhuma companhia aérea está pronto para lançar seus 757s sem janelas tão cedo.

Mas há uma boa razão por trás desta eliminação de janelas proposta – instalá-las nos aviões significa que você tem que reforçar a fuselagem, o que deixa as aeronaves mais pesadas, bebendo mais combustível. Eis uma razão pela qual cargueiros não tem janelas.

Há cerca um ou dois anos atrás, estive em um voo transatlântico da Europa a Nova York, e lembro de sobrevoar a Groenlândia, perto o bastante para ver os brancos e azuis espetaculares de suas geleiras, e até mesmo o que pra mim parecia uma catarata causada pelo derretimento. Foi um daqueles momentos literalmente de tirar o fôlego – eu meio que solucei/arfei alto – e olhei pela cabine em busca de alguém tão extasiado quanto eu.

Não. Todo mundo estava assistindo a filmes ou à televisão nos monitores dos assentos, ou em seus iPads, ou então dormindo. Desde então tenho me impressionado com o quanto ignoramos estas janelas, que oferecem a qualquer um que compre uma passagem de 220 dólares a Phoenix uma visão da terra sem precedentes na história da humanidade, possibilitada por maravilhas tecnológicas com apenas algumas décadas de idade. Nós só parecemos prestar atenção nelas quando alguém abre uma janela em meio ao sol do amanhecer, enviando um forte raio de luz que faz com que passageiros que estavam dormindo emitam grunhidos raivosos.

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